Nos últimos três anos, o Ceará registrou 28 assassinatos de mulheres trans ou travestis, conforme revelado pelo relatório “Elas Vivem: Liberdade de ser e Viver”, lançado pela Rede de Observatórios da Segurança. Este dado alarmante foi apresentado por ocasião do Dia Internacional das Mulheres.
Apesar de uma diminuição de 36,3% nos transfeminicídios entre 2021 e 2023, a subnotificação desses casos representa um desafio significativo. A falta de informações oficiais dificulta uma análise detalhada sobre o perfil das vítimas, destacando a urgência de reconhecimento e proteção para essa comunidade.
Os assassinatos de mulheres trans e travestis frequentemente ocorrem em locais isolados, refletindo a brutalidade e a falta de respeito enfrentadas por essas mulheres. A Rede observa que a violência transfóbica não está adequadamente documentada, exacerbando a vulnerabilidade desses grupos.
A Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), que lançou recentemente o Painel Dinâmico de Monitoramento da Violência LGBTFóbica, não divulgou ainda dados específicos sobre transfeminicídios.
As mulheres trans
Mulheres trans são pessoas que foram designadas como do sexo masculino ao nascer, mas que se identificam e vivem como mulheres. Elas podem passar por processos de transição de gênero, que podem incluir terapia hormonal, cirurgia de redesignação sexual e outras intervenções médicas para alinhar sua expressão de gênero com sua identidade de gênero.
As mulheres trans são parte da comunidade transgênero, que engloba uma variedade de identidades de gênero diferentes das tradicionalmente associadas ao sexo atribuído no nascimento.
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